A popularização do Ozempic fez o remédio sumir das prateleiras das farmácias. O medicamento – que tem a semaglutida como princípio ativo – é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, como a substância provoca saciedade e diminui o apetite, ele tem sido usado off label (fora da bula) para o tratamento de obesidade.
Muitas pessoas sem diabetes ou obesidade também têm recorrido às canetas para perder peso de forma rápida. E, como o medicamento não exige a retenção da receita na farmácia, é possível fazer a compra mesmo sem o pedido de um médico.
⚡ Sem indicação, a alternativa é buscar respostas em grupos nas redes sociais. Neles, as pessoas compartilham experiências, informam onde encontrar a canetas mais baratas, dicas para conseguir descontos e até qual a dosagem ideal para cada semana – e quantos “cliques” são necessários para atingir o miligrama indicado (as canetas são vendidas em diferentes dosagens e o tratamento varia).
Essas comunidades podem ser uma “rede de apoio” para quem está na luta contra a obesidade, mas também um perigo para quem busca o emagrecimento a todo custo. As canetas não são baratas e usar sem acompanhamento médico pode ser dinheiro jogado fora. Inclusive, não é raro encontrar nos grupos pessoas insatisfeitas com o resultado dos medicamentos. Essas comunidades podem ser uma “rede de apoio” para quem está na luta contra a obesidade, mas também um perigo para quem busca o emagrecimento a todo custo. As canetas não são baratas e usar sem acompanhamento médico pode ser dinheiro jogado fora. Inclusive, não é raro encontrar nos grupos pessoas insatisfeitas com o resultado dos medicamentos.
É preciso mudar a chave na cabeça
“Comecei tomando o Saxenda em outubro de 2020. Passei por uma consulta com endócrino, estava pesando 76 kg. Tomei até fevereiro de 2021 e cheguei aos 58 kg. Quando parei, engordei mais ou menos uns 3 kg, mas eu já imaginava. Na época, eu fazia atividade física, me alimentava melhor, virei uma chave na minha cabeça”, conta a publicitária Marcella Almeida.
Ela voltou ao endocrinologista em 2022, que receitou o Ozempic. Marcella aplicou a caneta, mas passou muito mal e desistiu. Durante a consulta, o médico contou do comprimido que tinha o mesmo princípio ativo (semaglutida): o Rybelsus.
Em julho de 2023, ela lembrou do Rybelsus e decidiu usar por conta própria. “Nesse começo eu ainda passei mal, mas venho melhorando. Eu ainda não voltei a fazer atividade física, mas preciso. Sei que não adianta nada se não virar a chave. O remédio é um caminho, mas não faz milagre, ele te ajuda a chegar em um objetivo, mas precisa mudar o pensamento”, pontua.
Fonte: G1