Gina Rinehart, apoiadora de Trump, alerta que a burocracia governamental pode sufocar os esforços para “tornar a Austrália grandiosa”
Já se passaram mais de três décadas desde que Gina Rinehart assumiu o comando da gigante da mineração Hancock Prospecting como presidente-executiva, após a morte de seu pai, Lang Hancock, um explorador que detinha os direitos sobre alguns dos depósitos de minério de ferro mais ricos do mundo. Ela transformou a Hancock em uma das maiores empresas privadas da Austrália em receita e disse à Forbes Austrália que deseja ser lembrada como uma defensora das indústrias de mineração e agricultura.
A Hancock Prospecting registrou um lucro líquido recorde de A$ 5,6 bilhões (R$ 20,7 bilhões) sobre vendas de A$ 14,7 bilhões (R$ 53,67 bilhões) no ano encerrado em junho de 2024, principalmente devido às operações de mineração de minério de ferro em Roy Hill, Pilbara, que atingiram um volume recorde de embarques no período.
O gás natural é uma parte importante dos planos da empresa e, em novembro, a Hancock Prospecting inaugurou sua unidade da Senex Energy em Queensland, que deverá suprir cerca de 10% da demanda anual da costa leste da Austrália. Outro fator que chamou atenção foi seu apoio a Donald Trump, que levou Rinehart a se juntar ao presidente em seu retorno durante a festa da vitória eleitoral na Flórida e, posteriormente, em sua posse em Washington, D.C.
Forbes Austrália: Como você vê a evolução da Hancock nos próximos 30 anos?
Gina Rinehart: Queremos que a Hancock continue crescendo e se expandindo na Austrália; no entanto, estamos enfrentando desafios cada vez maiores impostos pelos nossos governos, que estão tornando o investimento no país cada vez mais difícil. Segundo o Minerals Council of Australia, cerca de 80% dos grandes projetos de recursos na lista de pipeline de grandes projetos não vão adiante. Esse é o efeito da crescente burocracia governamental, do excesso de regulamentações e de políticas ideológicas, desconectadas da realidade do padrão de vida dos australianos
Gina Rinehart, apoiadora de Trump, alerta que a burocracia governamental pode sufocar os esforços para “tornar a Austrália grandiosa”
Gina Rinehart tem 71 anos já se passaram mais de três décadas desde que Gina Rinehart assumiu o comando da gigante da mineração Hancock Prospecting como presidente-executiva, após a morte de seu pai, Lang Hancock, um explorador que detinha os direitos sobre alguns dos depósitos de minério de ferro mais ricos do mundo. Ela transformou a Hancock em uma das maiores empresas privadas da Austrália em receita e disse à Forbes Austrália que deseja ser lembrada como uma defensora das indústrias de mineração e agricultura.
Hoje, Gina Reihart é a 63ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de US$ 29,5 bilhões.
A Hancock Prospecting registrou um lucro líquido recorde de A$ 5,6 bilhões (R$ 20,7 bilhões) sobre vendas de A$ 14,7 bilhões (R$ 53,67 bilhões) no ano encerrado em junho de 2024, principalmente devido às operações de mineração de minério de ferro em Roy Hill, Pilbara, que atingiram um volume recorde de embarques no período.
O gás natural é uma parte importante dos planos da empresa e, em novembro, a Hancock Prospecting inaugurou sua unidade da Senex Energy em Queensland, que deverá suprir cerca de 10% da demanda anual da costa leste da Austrália. Outro fator que chamou atenção foi seu apoio a Donald Trump, que levou Rinehart a se juntar ao presidente em seu retorno durante a festa da vitória eleitoral na Flórida e, posteriormente, em sua posse em Washington, D.C.
Forbes Austrália: Como você vê a evolução da Hancock nos próximos 30 anos?
Gina Rinehart: Queremos que a Hancock continue crescendo e se expandindo na Austrália; no entanto, estamos enfrentando desafios cada vez maiores impostos pelos nossos governos, que estão tornando o investimento no país cada vez mais difícil. Segundo o Minerals Council of Australia, cerca de 80% dos grandes projetos de recursos na lista de pipeline de grandes projetos não vão adiante. Esse é o efeito da crescente burocracia governamental, do excesso de regulamentações e de políticas ideológicas, desconectadas da realidade do padrão de vida dos australianos.
Esses gastos excessivos do governo mantêm os impostos elevados e contribuem para tornar o investimento no país cada vez menos atraente.
A Austrália não é o único país do mundo com recursos naturais. Os Estados Unidos, sob o governo do presidente Trump, e a Argentina com Javier Milei, estão implementando políticas sólidas e oferecendo reduções na burocracia para atrair investimentos. Esses projetos vão elevar o padrão de vida em seus países, mas, ao mesmo tempo, desincentivar ainda mais os investimentos na Austrália.
Forbes Austrália: Você já expressou seu apoio à estratégia de Donald Trump e à ideia de a Austrália adotar uma política de “Austrália em primeiro lugar.”
Gina Rinehart: O presidente Trump diz de forma simples: “make America great again” (“torne a América grandiosa novamente”). É exatamente isso que precisamos aqui. Sempre devemos perguntar aos políticos: suas políticas e ações colocam a Austrália no caminho do progresso ou da decadência?
O caminho do progresso significa mais investimentos, melhor padrão de vida, mais oportunidades de emprego e salários mais altos, energia confiável e maior preparo em defesa. Nos últimos anos, vivenciamos o caminho oposto, com recordes de falências empresariais e múltiplas crises de gestão (habitação, aumento da criminalidade, desperdício do governo, infraestrutura viária, hospitais e crises no setor de saúde, etc.).
Forbes Austrália: Qual a importância do gás para o futuro da Hancock Prospecting?
Gina Rinehart: O gás é essencial para o futuro da Austrália, caso queiramos manter as luzes acesas e nossas fábricas operando de forma confiável. Se desejamos produzir qualquer coisa na Austrália, precisamos de uma boa fonte de energia, e isso significa gás natural. Se queremos eletricidade estável em nossas casas, hospitais, aeroportos, escritórios, delegacias, lojas, escolas, instalações esportivas, etc., precisamos de gás natural. É necessária uma política mais racional e baseada no bom senso quando se trata da segurança energética da Austrália e do que é necessário para abastecer nosso país.
Forbes Austrália: Vocês estão utilizando robótica e inteligência artificial nas operações de mineração da Hancock?
Gina Rinehart: Na Roy Hill e na subsidiária de mineração, Atlas, estamos sempre inovando e adotando novas tecnologias para manter nosso histórico de produção segura e eficiente. Utilizamos robótica em diversas áreas da empresa há algum tempo, incluindo para reforçar a segurança no local e analisar amostras de rochas. Nosso sistema automatizado de caminhões também está funcionando bem. O sistema de inteligência artificial, chamado Roybot, analisa milhares de fotos tiradas regularmente ao longo da nossa ferrovia para detectar mais rapidamente quaisquer anomalias que possam causar danos custosos.
Antes, esse processo levava semanas para ser feito por humanos. Estamos implementando algo semelhante para monitoramento das rodas dos trens, economizando semanas de trabalho repetitivo. Neste ano, estamos expandindo essa tecnologia para rolamentos esféricos.
Forbes Austrália: A Hancock Agriculture é a segunda maior produtora de carne bovina, com uma capacidade total de rebanho superior a 340 mil cabeças. Quais são seus planos para os próximos cinco anos?
Gina Rinehart: A agricultura é outra indústria primária essencial que sofre com políticas governamentais mal planejadas. Toda política governamental ruim que afeta o setor agrícola resulta em preços mais altos para os alimentos e impacta inúmeras empresas. Nos últimos anos, reposicionamos nosso rebanho para focar em qualidade premium, em vez de produção em massa. Essa estratégia nos permite personalizar nosso gado e priorizar insumos que garantem qualidade. Fizemos investimentos significativos no bem-estar animal, como a instalação de sombreamento para manter a água mais fresca e limpa para o gado.

Fonte: Forbes.com.br