Companheira há décadas de uma das personalidades mais importantes do município de Rondonópolis, especificamente o empresário Aureo Candido Costa, a pioneira Terezinha da Conceição Vilela Costa faz parte há 63 anos da história local, sendo exemplo de uma trajetória marcada pela força, esteio familiar e valores sólidos. Com 80 anos de idade, ela construiu um grande legado junto a uma das famílias mais influentes no cenário rondonopolitano.
De uma família de oito irmãos e pais fazendeiros, Terezinha Costa nasceu em Guiratinga em 21 de março de 1944. Viveu na fazenda a infância e estudou na cidade vizinha até os 16 anos, quando concluiu o ensino médio. Aos 17 anos, teve o primeiro casamento com o médico Antônio Pires Sobrinho e, na sequência, mudou-se para Rondonópolis, chegando em 1º de setembro de 1961 e daqui nunca mais saiu.
Ficou viúva em 1977, após o primeiro marido falecer de um infarto.
Do primeiro casamento, a pioneira teve três filhos biológicos: Maria Cristina, Júlio César e Cláudia Regina. Depois, conheceu o empresário e tabelião Aureo Candido Costa e, com ele, se casou em 1981. Aureo também havia ficado viúvo e seus três filhos, Aureo Junior, Mauro e Maria Cristina, se juntaram aos três filhos de Terezinha e passaram a integrar uma só família. Hoje os filhos dela consideram Aureo como pai e os filhos dele consideram Terezinha como mãe.
Terezinha e Aureo fazem 43 anos de casados, com 15 netos e 10 bisnetos. Ela atesta que nesse período teve uma união feliz junto de Aureo, constituindo com ele seu maior patrimônio: a família. “Fui abençoada. Nós conseguimos criar essa família bem numerosa. Graças a Deus, todos estão muito bem. O nosso exemplo serviu muito para todos os filhos. Isso para mim tem grande importância”, analisa. “A única coisa que a gente deixa para nessa vida são os bons exemplos, os valores da família”, completa.
Revela que admira muito a honestidade e o comprometimento com o dever do marido.
Muito ligada à família, ela conta que os netos e bisnetos estão sempre lhe visitando, sendo uma grande alegria em sua vida. “Agradeço muito a Deus por todos os meus netos e bisnetos. Tenho muito respeito por eles e sei que eles têm por mim. Sempre reúno todos meus bisnetos e é uma grande alegria para mim. O meu bisneto mais velho tem 17 anos e está no primeiro ano de medicina. Não tem nada mais gratificante do que a família!”, relata.
Ao longo da vida, Terezinha atesta que, ao contrário do marido, gostava muito de viajar, seja para praias ou para o exterior. Acredita que a maioria dos sonhos da sua vida pôde realizar. No trabalho, por 37 anos, ela viveu a rotina do Cartório do 4º Ofício, sendo a tabeliã substituta, responsável por assinar os documentos de balcão, e sempre vista pelo público visitante. Essa rotina foi interrompida nos últimos anos, com os problemas de saúde que passou a enfrentar.
A filha mais velha, Maria Cristina, conta que tudo na família gira em torno de Terezinha. “Tudo que que envolve a nossa família, filhos, netos ou bisnetos, ela dá notícia; ela participa de tudo na família. É muito guerreira, realmente é a matriarca!”, diz a filha, acrescentando que a mãe é uma pessoa muito humana. “Quando minha mãe adoeceu, todo mundo se mobilizou por ela, pois realmente é um grande esteio da nossa família”, reforça.
Maria Cristina aponta que a mãe deixa esse legado de humanidade, de união e do amor à família. “Ela faz com que estejamos unidos. Toda a vida ela nos fez sentir como se fôssemos seis filhos. Minha mãe é meu dia e minha noite, faz parte minha vida todos os dias. Foi o meu alicerce quando eu perdi o chão, porque fui viúva muito cedo. Ela sempre esteve ao meu lado e me ajudou. O lindo é que minha mãe tem garra e vontade de viver, mesmo após os problemas de saúde”, externa.
O marido Aureo Costa relata que os 43 anos juntos de Terezinha foram de muita tranquilidade e ventura. “Somos um casal muito feliz, graças a Deus. Nunca tivemos desavenças. Esse foi um período muito feliz, tanto para mim como para ela”, avalia. Nos últimos anos, destaca sua coragem e sua garra. “Ela é uma verdadeira guerreira pela vida, com grande vontade de viver. Nesse período de complicações de saúde, chegou a ficar desenganada pelos médicos. Agora já melhorou e está bem!”, afirma.
Por fim, o empresário externa toda sua admiração e amor por Terezinha. “Desejo que ela continue sendo essa guerreira, com essa vontade de viver e pré-disposição pela vida. Sempre com fé e gratidão a Deus. Nós nos sentimos muito honrados e felizes com ela permanecendo assim e tendo a sua companhia”, repassou Aureo.